30.10.07

literatura e futebol (parte III)

os tradutores têm menos sorte que os árbitros: quando um árbitro faz merda, há sempre alguém que sai beneficiado.

literatura e futebol (parte II)

os tradutores são como os árbitros: quando fazem merda, aparecem sempre uns quantos palhaços a desculpá-los.

literatura e futebol (parte I)

os tradutores são como os árbitros: quanto menos se dá por eles, melhor.

quando se perde o sentido da expressão pela sua banalização

estou a escutar a antena 3 e acabo de ouvir dizer, por um senhor com voz respeitável (Pedro Costa), que o Bob Marley é, e passo a citar, «uma lenda viva da música».
não, não é. é apenas uma lenda, sem estar viva desde de 1981.

uma questão de som

com a quantidade de irmãs que tenho (4) vou ter, no futuro, um punhado de cunhados.

29.10.07

dois em um

hoje fiz o teste definitivo aos phones que comprei a semana passada: o corpo sofria com o relento imposto pelo motorista da carris mas as orelhas estavam quentes e a música nem era grande coisa.

ontem como hoje

«navegar é preciso; viver não é preciso.»

frase de um general romano aos seus marinheiros, em meados do século I a. C.

coisas que só a mim acontecem

saio da faculdade e vou a caminho do metro. a meio do caminho vejo uma senhora de trinta e poucos anos, jeitosa, bem vestida, que caminha na minha direcção, vasculhando a sua mala com um ar intrigado, como se algo não estivesse bem. eu continuo a andar. ela anda devagar. até que pára mesmo e concentra-se na tarefa de descobrir que raio se passa ali dentro. e no preciso momento em que vou a passar por ela, a senhora fica com um sorriso no rosto, olha para mim e desabafa bem disposta: ah! era o vibrador.

e eu segui para o metro.

27.10.07

uma questão dos sentidos

descobri que tenho olho para a música quando deveria ter ouvido.

26.10.07

eu pesquiso e tu?

numa nova pesquisa em bibliotecas poeirentas descobri que Fernando Pessoa tinha aspirações políticas. consta que queria ser primeiro-ministro e até se conhece aquela que seria a sua primeira medida, se tivesse conseguido o seu objectivo: a alteração do nome do Mosteiro dos Jerónimos para Mosteiro dos Heterónimos.

ainda as compras

ao arrumar as ditas compras reparei que a minha namorada tem uma relação especial com a cuétara. deverei preocupar-me?

moro no rés-do-chão do pensamento e no quarto andar de um prédio na damaia

hoje, ao olhar para os senhores do continente a arcar com os sacos das compras que eu e a minha namorada realizámos ontem, dei graças ao santo padroeiro dos grandes grupos económicos por ter inventado o sistema de entregas ao domicílio.

as escolhas de deus

eu nunca gostei muito de deus e cada vez gosto menos. já repararam que ele gosta de homens (a frase podia acabar aqui, mas continua) musculados e com dinheiro? se não, é ver a quantidade de futebolistas que garantem que deus os ama.

.

por vezes gostava de saber que sou um autocarro e que certas dores são apenas passageiras.

25.10.07

"piada" que dá nome a uma loja de gelados no centro comercial colombo e que podia ter sido feita por mim ou pelo Gonçalo

i scream for ice-cream

esquecimento

ontem construí uma brilhante piada para colocar neste singelo blog. hoje acordei e já me tinha esquecido. uma perda de contornos épicos para a humanidade. (pelo menos gosto de acreditar que é isso que acontece quando me esqueço de uma piada)

24.10.07

cientologia

a (pa)ciência tem limites.

sobre medicamentos

eu não percebo a desconfiança em relação aos genéricos. eu sempre gostei muito de genéricos. o meu preferido continua a ser o da rua sésamo:

vem brincar
traz um amigo teu
e ao chegar
tu vais poder também
ensinar como se vai
até à rua sésamo

23.10.07

justificação de falta

por aqui a parvoíce anda por níveis assustadoramente habituais o acesso à internet é que não.

22.10.07

sobre a parvoíce

ultimamente tenho-me sentido menos parvo. por isso é que o blogue não tem sido actualizado.

18.10.07

sobre lápis

porque é que nunca sei quando parar e afio sempre até partir o bico?

a solidão do poeta

acho que o senhor luís vaz de camões se deve andar a sentir muito sozinho no seu túmulo. há tanto tempo que não ouço ninguém dizer: vai chatear o camões.

a revelação

amanhã, às 22h no santiago alquimista: god is an astronaut.

o que para alguns era um mistério, deixou de o ser. o nome deste blogue é, apenas e só, a tradução do nome dessa banda.

e eu vou!

a conspiração desmascarada

depois de muito reflectir, cheguei a uma brilhante conclusão a que podem facilmente chegar seguindo o meu raciocínio.

querem fazer-nos engolir o formato de imagem 16:9 como sendo o melhor, que permite mostrar mais imagem, etc. mas já repararam que aquilo é muito largo e tem pouca altura? quem é que tem os olhos assim, muito largos e pouco abertos? exactamente. e quem é que inventou o formato 16:9? exactamente.

este post é fruto de horas de pesquisa em bibliotecas poeirentas

era uma vez um vendedor de fruta sem escrúpulos. este vendedor tinha, no seu armazém, uma caixa de maçãs podres que decidiu vender a um estrangeiro, pensado que ele, devido à modernidade do seu país de origem, não saberia verificar a podridão daquela fruta. no entanto, o estrangeiro assim que viu as maçãs disse:
- maçã má... maçã má...
e assim nasceu a povoação de Massamá.

17.10.07

o espanto

tenho acompanhado o percurso da selecção nacional nos últimos anos e espanta-me como é que nunca jogámos contra as selecções do reader's digest.

16.10.07

do dia para a noite

há uns dias, assim de repente, deu-se uma mudança em mim que ainda não consegui explicar. costumava achar a minha barba ridícula engraçada. tinha-lhe um certo carinho. acontece que perdi o adjectivo "engraçada" e já só a acho ridícula. de maneira que já não a deixo crescer mais de dois ou três dias (antes chegava, sem dificuldade, às duas semanas). portanto, vou ali fazer a barba, já volto.

(volto para estudar e não para postar, como é óbvio!)

adenda ao post anterior

e como podem ver, estou a estudar. não estou na internet, a fazer posts em blogs e coisas do género. nada disso. a estudar! isso sim.

isto sou eu a ser o aluno aplicado que prometi ser

hoje tinha decidido aproveitar as duas horas no comboio (uma para lá outra para cá) para estudar para o teste que tenho amanhã. sentei-me no banco e pensei: era tão bom se pudesse ir a ouvir o novo álbum dos radiohead pela trigésima vez (número fictício) em vez de estudar. e então pus os headphones nos ouvidos.

na escola descobri que não tinha aula. a única que ia ter. então regressei. sentado no comboio pensei: bom, como não houve aula vou ter muito tempo para estudar quando chegar a casa. então pus os headphones nos ouvidos.

kafkiano

perguntei na fnac se podiam mandar vir de espanha uns livros que preciso. disseram que sim, mas demora um mês e meio a chegar. compreende-se, espanha ainda é longe...

toma lá que já almoçaste(s)

quem faz pouco de nós nas nossas costas é realmente parvo. mais parvo que eu e o Gonçalo juntos!!!!

são coisas

porque é que em todas as secretarias de escola existe uma senhora com um ar másculo e mamas salientes?
e também existe sempre uma mulher já adulta e mãe de família, jeitosa e com o cabelo repleto de laca para dar sensação de um cabelo molhado.
será que são quotas que se tem de cumprir.
por cada empregada absolutamente banal tem de existir uma matrafona e uma senhora com o cabelo sempre molhado (ou que provoque essa sensação com recurso a sprays nocivos à camada do ozono).

15.10.07

a voz da felicidade

a actriz maria henrique interpreta, na novela da tvi "deixa-me amar", uma personagem chamada felicidade.

é caso para dizer que nunca a felicidade me soou tão mal.

não foi desta

hoje pareceu-me ver s. e o coração ia-me saltando pela boca. ainda bem que não era ela, se não a esta hora ainda estava a tentar engoli-lo de novo.

pequena dúvida

inscrevi-me num workshop de escrita criativa. espero que o professor tenha um critério abrangente quanto ao que significa criatividade. parvoíce pode ser criatividade, certo?

a felicidade aqui tão perto

sempre que, durante uma viagem no metro, há um troço feito a descoberto (isto é, em que se vê a luz do dia), lembro-me sempre da cena do matrix revolutions em que eles voam acima das nuvens e vêem o sol.

e sinto-me estupidamente feliz.

14.10.07

o meu pai?

parece que o meu pai hoje esteve quase a andar à bulha (pronto, porrada)! um indivíduo estava aos encontrões à porta do prédio e o meu pai foi ver o que se passava e deve ter dito algo ao sujeito. este exaltou-se e disse ao meu pai que lhe dava um pontapé na boca (campeão!)! entretanto apareceu a minha mãe e puxou o meu pai para casa, para evitar males maiores...

estou em estado de estupefacção. o meu pai não é assim...

e estou com aquele sentimento tão bonito que é a pena de não ter estado lá para ver.

12.10.07

ainda a sobrancelha

diz que na cara do antigo árbitro de futebol Pierluigi Collina não se vislumbrava nem uma centelha de sobrancelha.

o que era para ser uma piada sobre o meu talento mímico passou a ser uma parvoíce pegada

sinto que me poderia tornar um novo Marcel Marceau se a população mundial fosse composta por raparigas até aos dezasseis anos inclusive. já que o simples franzir de sobrancelha (e como é sensual o meu franzir (e a palavra sobracelha, também (e os parêntesis dentro dos parêntesis (e as pessoas que vão verificar se fechei os parêntesis todos)))) é capaz de levar à histeria esse grupo etário do sexo oposto ao meu.

11.10.07

em cima do acontecimento

na rtp está a ser entrevistado, neste exacto momento, um inspector da polícia judiciária. ele que me perdoe mas não consigo respeitar um polícia que se refere à morte nestes termos: "não está no mundo dos vivos".

curiosidade

hoje fiquei a saber que em França os números de telemóvel começam por 6, enquanto em Portugal começam por 9. é caso para dizer que em Portugal se faz tudo ao contrário...

resposta ao post anterior

não é que tenhas mais realismo que eu. o que se passa é que o meu realismo é mágico.

nas bancas

tenho menos auto-estima (ou mais realismo) que o Gonçalo e por isso revi-me na capa do Jornal de Letras desta semana. A chamada de capa diz:
A ARTE DO FEIO
Eu sabia que nós (os feios) a fazíamos...

a comicidade, o sarcamo, a felicidade

há uma senhora de 60 anos na minha turma de espanhol que hoje, na aula, fez imensas piadas e perguntas parvas à professora, virando-se depois para trás (onde estava eu) de sorriso no rosto, em busca de aprovação à sua intervenção plena de comicidade.

eu, como só sei usar o sarcasmo em frente do computador, dava-lhe o sorriso parvo que ela pretendia. e assim a fiz feliz, pobre senhora irritante.

10.10.07

brincadeira com a língua

a miúda era gira o que quer dizer que, se o Gonçalo a visse, em vez de reparar nos óculos, imaginaria como seria dar-lhe um ósculo.

(reparem como o título do post tem um inteligente duplo sentido)

óculos

entra no autocarro uma miúda com uns óculos de sol gigantes. levanta os óculos, agarra no telemóvel e faz uma chamada. diz a dada altura:
- andei meia-hora à procura da sala e quando lá chego o professor não estava lá e os meus colegas não sabiam de nada. esperámos uma hora e nada... ninguém avisou...

penso para mim:
- isso não se faz...

terminada a conversa telefónica coloca os óculos nos olhos e começa a ler o livro do código da estrada. olho e penso exactamente o mesmo:
- isso não se faz...

dúvida

porque é que sempre que alguém toca para o autocarro parar e não cumpre o seu dever (sair) eu fico com um sentimento de culpa e com a certeza que o motorista desconfia que fui eu?

o altruísta

era tão empenhado no progresso, que todas as noites frequentava cinco ou seis prostitutas, só para contribuir para o aumento da taxa de licenciados no país.

9.10.07

esteve quase

estive quase para fazer um post sobre desarranjos intestinais, mas depois achei que há certas coisas da nossa privacidade que não devemos partilhar com o mundo.

faz sentido

o céu que se vê da minha janela tem uma antena de telemóvel. o que quer dizer que alguém que foi para o céu pode cair à vontade porque tem rede.

a m.

obrigado por me teres levado à terra do nunca.

8.10.07

a cozinha

leio numa receita: uma mão de sal e penso que é por isso que sou um cozinheiro de mão cheia. pena foi que, neste caso, tenha sido de nada. uma mão cheia de nada e a comida insossa.

uma questão de prioridades

se eu dedicasse mais tempo ao trabalho que tenho de acabar ainda hoje e menos a escrever posts inúteis, se calhar fazia melhor figura.

adenda ao post anterior

bem diz o povo que não há fome que não dê em fartura.

por uma boa causa

recebi o seguinte mail:

centenas de estudantes universitários vão deitar-se juntos no próximo dia 17 de outubro, às 12 horas, na alameda da universidade, cidade universitária em lisboa. uma cama gigante será o palco da nova edição do desperta contra a pobreza.

se calhar aproveito.

contra o desempregro

quando é que blogger vai ser profissão?

a luigi pirandello

hoje descobri que o meu nariz pende ligeiramente para a direita e compreendi vitangelo moscarda.

o náufrago

estou afogado em trabalho.

a machado de assis

ou muito me engano, ou acabo de escrever um post inútil.

leiam este post e vibrem como fizeram no euro 2004 quando o ricardo tirou as luvas, porque este post também foi escrito na mesma condição (sem luvas)

viajo todos os dias num autocarro que tem, no destino, a seguinte informação: via buraca. pensei em fazer um trocadilho com essa informação e instruções em caixas de tampões. depois achei que seria estúpido e de mau gosto e deixei estar.

piada que envolve um homossexual ou como deitar por água abaixo todas as hipóteses que este blogue ainda tinha de vir a ser importante

na fnac apinhada de gente para ver o concerto do david fonseca, um homossexual que se chegou perigosamente a mim, exclamou a páginas tantas, naquela voz que só os homossexuais sabem fazer: ai! cheira a homem!

e eu pensei: não deve ser de ti.

(ps: agora que fiz uma piada sobre homossexuais publicamente, sou homofóbico?)

7.10.07

auto retrato em palavras

consigo ser inteligente, interessante, culto e parvo em quantidades exactamente iguais. isto é, tenho tanto de parvo como das outras coisas todas juntas.

disponível para amar

.

ainda a minha modéstia

ouvi dizer que as pessoas interessantes não tinham hi5. eu sou a prova de que isso é falso.

(sim, só fiz este post na esperança de alguma menina interessante e jeitosa ir espreitar o meu hi5 e achar-me extremamente interessante.)

televisão

a televisão aliena as pessoas, estupidifica-as. prova disso é a piada que fiz hoje enquanto passeava com a minha irmã na parada de aniversário da Sic:

como se chamaria uma cadeia televisão feita em parceria por portugal e cabo-verde?
televisão porcabo.

e é deste tipo de coisas que se pensam enquanto se está a dois metros da floribella.

6.10.07

equívocos

participei num passatempo para ganhar um bilhete para o concerto de amiina, no santiago alquimista. tínhamos de responder à pergunta: onde é que levavas as amiina a jantar? eu respondi: levava-as a jantar amiina casa.

devo ter-me enganado no número de telemóvel que lhes dei, porque o concerto já deve ter acabado e ainda não me telefonaram a dizer que ganhei.

cliché

há uma sede desmedida pela originalidade. tudo tem de ser original.

pessoalmente, agradava-me imenso se caminhássemos para um lugar comum.

eu também adendo, Gonçalo

ainda assim resmunguei por hoje não ter jogado o benfica. faltou o comentário futebolístico.

confirmação.

a imagem do taxista lisboeta (assim prá frentex) nunca foi, para mim, mais que isso - uma imagem. e por isso hoje, quando vi o taxista vir ao meu encontro a mascar pastilha de boca aberta, sacar de um boa noite também para o senhor e a coçar aquilo a que chama (aposto) salada, agradeci a deus.

5.10.07

o tédio

é vir aqui postar por não ter nada mais interessante para fazer.

4.10.07

comunicado aos leitores e futuros comentadores

o nosso leitor ente lectual, num post mais abaixo, diz-nos:
um gajo sente-se mal se comentar aqui sem uma piadola

queria informar, em meu nome e do Gonçalo, que não é obrigatório que escrevam piadas nos comentários. é até aconselhável que não se dêem a esse trabalho, por uma questão de equilíbrio - nós dizemos as piadas geniais e vocês as coisas banais. espero que compreendam.
obrigado.

ps: já que o ente lectual ajudou-nos a clarificar isto, queria elegê-lo como o nosso leitor de estimação, chamando-lhe: ente querido lectual

gente pobre em eventos sociais

depois do filme houve um cocktail. a minha amiga andreia chegou-se ao balcão e teve o seguinte diálogo:

- olhe, desculpe. quanto é a cerveja?

- nada.

- então são duas.

parecia estar a começar um lindo dia

um gajo acorda de manhã, muito bem disposto, a lembrar-se do filme enorme que viu ontem, preparado para um dia cheio de alegria.

liga a internet e lembra-se de ir espreitar os desportivos. e lê: benfica vulgarizado em casa pelo shakhtar. foda-se!

3.10.07

considerações

o meu método de estudo é anárquico, confuso e regido pelas leis do menor esforço. carinhosamente chamo-lhe o método nojo.

em pulgas

(aviso: este post não pretende ter piada, nem tem a ver com a minha vida amorosa. o que só por si representa uma novidade quanto à minha participação no blogue.)

só quero dizer que faltam menos de três horas para eu ver o filme mais aguardado, por mim, deste ano. e com a presença do realizador! estou em pulgas!

modéstia procura-se

diz o senhor antónio lobo antunes que só podemos escrever um livro quando tivermos a certeza de que não somos capazes de o fazer. acho que a minha vida amorosa também é assim: só vou conseguir alguma coisa quando tiver a certeza que não tenho hipóteses.

agora, como é que me vou convencer de que não sou irresistível e tremendamente sexy?

uns com tanto e outros com tão pouco

acabei de ver um gajo que devia bastante à beleza, vestindo uma t-shirt onde se podia ler: porsue charm. posso afirmar, com segurança, que ainda não o alcançou. boa sorte.

inserir título

leio num "cartaz":
praxes grátis:
das poucas coisas que ainda não se pagam no ensino superior.
penso para mim:
diz que também não se paga pelo suicídio.

2.10.07

inventário

um zarolho
um mongolóide
duas senhoras com obesidade mórbida.
um velho viciado na sua horta.
uma velha cusca (porque moram todas no rés-do-chão?)

é este o meu prédio.

o fado da procura

às vezes apetece-me cantar-lhe: "mas porque é que a gente não se encontra?"

1.10.07

um post feio e nojento

hoje numa aula de literatura brasileira, um senhor, perdão, um aluno na casa dos sessenta anos, sentado na última fila, escarrou (a situação exige a rudeza do termo) nada mais nada menos do que cinco vezes. eu não estava na última fila e tive vergonha (agora à distância, parece-me que não era eu quem tinha motivos para ter vergonha) de olhar para trás, por isso não sei para onde escarrou esse senhor, perdão, esse aluno. imaginando (estou a ser optimista) que o tal aluno escarrou para um lenço, aberto na mão, é caso para dizer que foi uma mão cheia de escarros.

considerações matemáticas de um gajo de letras

apercebi-me, com alguma mágoa e pouca surpresa, que existe uma relação de proporcionalidade inversa entre o espólio da minha biblioteca pessoal e o espólio da minha carteira.

a insustentável leveza do saber

dizem por aí que o saber não ocupa lugar. essa gente anda a mentir. eu trazia hoje na mochila duas revistas, um jornal, três livros grandes de capa dura, um romance de 500 páginas, um mini livro sobre música e um disco de vinil.

o saber não só ocupa lugar, como pesa que se farta!

vício do jogo

neste momento estou a postar.

há motivos para alarme?

hoje vi um jovem de origem africana com todas as unhas cortadas, excepto a do dedo mindinho.

isto é aculturação ou devemos começar a temer seriamente a globalização?

conselho

caro leitor,
para ler este blog dirija-se à internet,
obrigado.