questões metafísicas em edições de bolso
na estação de entrecampos, enquanto penso na vida piquinina da gorda sentada a meu lado, vejo um prédio que diz mirage e, ao cabo de tanto pensar na gorda, fico confuso e pergunto-me se não será o prédio uma efectiva miragem, se a gorda não será uma miragem e se eu próprio não sou mais que uma miragem. o comboio chega, levanto-me, pesado com tanta metafísica (e dois pratos de feijoada do dia d'ontem), na minha cabeça fica tudo mais claro e só penso em não apanhar os fiscais.
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